Muito se fala sobre a importância da água para a vida em nosso planeta e o quanto é fundamental que todos se conscientizem de que este recurso deve ser usado sem desperdícios. Para chamar a atenção sobre isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 22 de março como o Dia Internacional da Água.
Se há tanta água em nosso planeta, por que afinal de contas, cada um de nós deve se conscientizar sobre a sua importância? Vejam que a água da qual dependemos para viver e que consumimos diariamente, é a água potável entregue na nossa casa.
Nesse sentido, sugiro uma pequena reflexão, na qual devemos considerar que antes de habitarmos o Planeta Terra, somos habitantes da nossa residência, frequentadores do nosso trabalho, escola, espaços de lazer, entre outros locais, em nosso município. Portanto, é nesse pequeno universo que a consciência de nossas atitudes pode fazer diferença.
Usar a água racionalmente é muito mais do que uma atitude ecológica, estamos falando de uma atitude social, que contribui definitivamente para o bom saneamento básico dos municípios, o que é fator de saúde e qualidade de vida para os habitantes.
Portanto a melhor denominação seria “Dia Municipal da Água”, assim, chamando a atenção das pessoas não só na importância da água potável, mas no quanto as suas atitudes refletem na preservação deste recurso finito.
Hoje, quando o assunto é sustentabilidade em um município, estamos falando em disponibilizar água e esgoto a seus habitantes. Cientes disso, muitos governos e Organizações Não-Governamentais (ONGs), ao redor do mundo, vêm criando, nas últimas duas décadas, leis e parâmetros para indústria de equipamentos e da construção civil, e estabelecendo normas visando à redução do consumo de água.
No Brasil, há um atraso considerável neste sentido por parte do governo, porém a iniciativa privada caminha nessa direção por uma necessidade de subsistência. O mercado oferece, atualmente, opções de dispositivos economizadores de água para torneiras, chuveiros, descargas, entre outros itens do banheiro. Além disso, existem modelos totalmente automatizados, acionados através de sensores que captam a presença do usuário e permitem o uso da água na medida e no tempo certo, sem desperdícios. Neste cenário, podemos visualizar a automação de sanitários contribuindo significativamente para a redução do consumo deste recurso.
Um exemplo disso são torneiras com sensor que proporcionam redução de até 60% no consumo de água, o que é possível porque tais peças têm vazão controlada de 1,8 litros/minuto, ao contrário das torneiras manuais ou aquelas com fechamento automático, que possuem vazão média de 6 litros/minuto.
Tais equipamentos são desenvolvidos com base nos mais modernos conceitos de sustentabilidade e a automação completa de sanitários, principalmente os de uso coletivo, pode ser um caminho bastante eficaz para a melhor experiência em relação à economia de água, redução de custos, entre outros benefícios para o usuário, a comunidade e o município.
Ao usar a água de forma racional, obtemos os seguintes benefícios:
Maior oferta de água, para atender a um número cada vez maior de usuários.
Redução dos investimentos na captação de água em mananciais cada vez mais distantes das concentrações urbanas.
Diminuição dos investimentos para atender às demandas em dias/horários de pico.
Maior oferta de água para áreas deficientes de abastecimento.
Redução do volume de água a ser tratada.
Diminuição do volume de esgotos a serem coletados e tratados, e consequente redução dos custos do tratamento de esgoto.
Postergação de investimentos necessários à ampliação do Sistema Produtor de Água bem como do Sistema de Esgotamento Sanitário do Município.
Diminuição do consumo de energia elétrica (poucos se dão conta da demanda de energia para distribuição da água que se dá através de bombeamento contínuo).
Garantia do fornecimento ininterrupto de água ao usuário.
Pensando assim, muito tem sido feito no sentido de se criar novos dispositivos, produtos que mesmo utilizando uma quantidade menor de água, tenham a mesma eficiência e conforto. Portanto essa é uma política saudável também no âmbito econômico, uma vez que promove a indústria, incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à redução do consumo de água e diminuição do gasto do indivíduo com este recurso.
Assim, é fundamental estarmos cientes da real possibilidade de transformarmos os gastos desnecessários em benefícios diretos, sem perda de conforto e com ganhos reais para nossos orçamentos, sem falar que estaremos garantindo a água de cada dia.